O inbound marketing é baseado em quatro pilares: posicionamento em mecanismos de busca, redes sociais, análise de dados e marketing de conteúdo.
Nos últimos anos, o marketing de conteúdo tem crescido em alta velocidade e se tornado uma peça chave. O segredo? Compartilhar conteúdos relevantes e valiosos com o público objetivo para se estabelecer como especialista em uma área. Acompanhar o usuário em seu processo de compra tornará muito mais fácil sua conversão em futuro cliente.
Para que o marketing de conteúdo seja realmente eficaz, o conteúdo criado deve ser útil e significativo para o público objetivo, além de estar otimizado para os mecanismos de busca para que possa ser encontrado com mais facilidade.
Sem uma estratégia de conteúdo valiosa, dificilmente você conseguirá atingir esse objetivo. Como, então, chegar a esse resultado? Com ferramentas como o content mapping, também conhecido como mapa de conteúdo.
Neste artigo, você irá ver o que é um mapa de conteúdo, como criar um e quais são os tipos de formatos.
O que é um mapa de conteúdo ou content map?
O mapa de conteúdo ou content map é uma ferramenta que permite entregar o conteúdo certo, para a pessoa certa, no momento certo. O objetivo é que o usuário encontre informações de seu interesse no site, independente do momento do processo de compra em que esteja.
Para que serve o mapa de conteúdo?
Se você está executando uma estratégia de marketing de conteúdo, criar um mapa de conteúdo é uma etapa essencial. Veja abaixo quais são as vantagens desta ferramenta e o que ela permite fazer:
- Auditar seus conteúdos atuais e identificar possíveis falhas na estratégia.
- Oferecer conteúdo interessante aos seus usuários em qualquer etapa do processo de compra em que se encontrem.
- Criar cadeias de conteúdo automatizadas, também conhecidas como “automação de marketing”, para acompanhar os usuários em seu processo de compra.
O que é necessário para criar um mapa de conteúdo?
Criar um mapa de conteúdo para implementar sua estratégia é simples, mas antes é importante conhecer bem dois elementos:
1. Sua buyer persona
É fundamental conhecer a fundo o perfil do seu cliente ideal: suas necessidades, suas preocupações, seus interesses, suas preferências na hora de consumir conteúdo...
Todas essas informações podem ajudar muito na hora de criar um mapa de conteúdo, já que você poderá identificar melhor sobre quais temas escrever, em quais formatos apresentar o conteúdo, quais canais utilizar, etc.
2. O processo de compra ou jornada do cliente
Também é fundamental que você conheça o processo de compra do seu público objetivo. Ou seja, a jornada que sua buyer persona faz desde o momento em que identifica uma necessidade e começa a pesquisar uma solução até realizar uma compra ou contratar um serviço.
Esta “jornada” pode ser dividida em três etapas:
- Descoberta ou conscientização (Awareness). O usuário descobre que tem um determinado problema ou necessidade que precisa resolver. Começa a fazer pesquisas relacionadas ao problema, não ao produto. Sua intenção é informar-se para entender sua situação.
- Consideração (Consideration). Nesta fase, o usuário investiga e avalia as diferentes alternativas para resolver seu problema e escolher qual delas melhor se adapta à sua situação.
- Decisão (Decision). Por fim, o usuário opta por uma das alternativas e procura o melhor provedor para realizar a compra ou contratar o serviço.
A combinação destes dois elementos, conhecer a buyer persona e seu processo de compra, permite criar uma matriz para listar os conteúdos atuais e planejar os futuros.
Mapa de conteúdo B2B e B2C
Dependendo do público para o qual o conteúdo se destina, há dois tipos de mapa de conteúdo diferentes:
- B2B: quando seus potenciais clientes são outras empresas, os processos de compra costumam ser mais demorados e complexos. Nesse caso, você precisará de mais conteúdo para convencer (na fase dois do processo de compra, consideração).
- B2C: se seu negócio é voltado para o consumidor final, você deve entender bem quais são os FUD (medos, incertezas, dúvidas) do usuário e preparar o conteúdo adequado. Se for uma compra por impulso, por exemplo, você pode criar mais conteúdos relacionados à fase de decisão. Em setores ligados a hobbies (por exemplo maquiagem, alimentação, automóveis...), trabalhar a fase de awareness com conteúdos não relacionados a compras pode ajudar a trabalhar sua posição como especialista no mercado.
Quais formatos de conteúdo estão incluídos no mapa de conteúdo?
Dependendo da buyer persona e de suas preferências ao consumir informações, você pode optar por incluir alguns formatos em seu mapa de conteúdo.
Alguns dos formatos mais habituais, ordenados desde os mais comuns na fase de conscientização até os mais comuns da fase de decisão, são:
- Posts: são os artigos do blog. São ideais para a fase de awareness porque, se estiverem bem otimizados para SEO, se posicionam muito bem e captam mais visitantes para seu site. Além disso, a maioria dos usuários valoriza e consome essas postagens.
- E-books ou guias: são conteúdos para download que agregam valor, uma versão ampliada de um post. Normalmente, são entregues em troca de determinadas informações em um formulário.
- Quiz ou pesquisas: são testes para que o usuário participe e interaja mais com sua página. Se você permitir que os resultados sejam compartilhados, isso alcançará um público maior e terá muito potencial de viralização.
- Vídeos: para quem prefere consumir informações em formato visual, esse tipo de conteúdo é perfeito para criar tutoriais e outros tipos de treinamento ou material explicativo.
- Infográficos: é outra forma visual de compartilhar dados e informações, pois seu formato compacto permite que sejam distribuídos facilmente e viralizem.
- Checklists: são listas nas quais é possível marcar tarefas, ideais para simplificar processos.
- Webinars: são sessões online, ao vivo ou gravadas, nas quais um especialista ministra uma espécie de aula sobre um tema específico.
- Casos de sucesso e depoimentos: típicos da fase de consideração, são formatos em que um cliente compartilha como foi seu processo de compra e posterior decisão e expressa o quanto está feliz por ter tomado essa decisão.
- Comparações: é uma fórmula muito útil para comparar produtos, serviços, ferramentas, entre outros e poupar ao usuário um grande trabalho de pesquisa. Geralmente é oferecido em uma guia para download ou em uma página aberta, onde é fundamental ser objetivo e utilizar critérios facilmente verificáveis para que o usuário avalie qual a melhor solução.
- Demonstrações, testes e consultorias: típicos da fase de decisão, esses formatos permitem ao usuário conhecer melhor o produto por meio de demonstrações, testes gratuitos ou consultorias específicas.
- FAQ: por fim, as páginas de perguntas frequentes são também um elemento fundamental da fase de decisão, pois antecipam as necessidades do usuário e esclarecem dúvidas que podem ser cruciais no processo de decisão.
Agora que você já sabe o que é mapa de conteúdo e em quais formatos ele pode ser encontrado, é hora de aplicar a estratégia no seu negócio! É fundamental que em qualquer ação de marketing de conteúdo você construa como base uma boa estratégia. Para isso, invista tempo na criação de ferramentas como essa.
Lembre-se de que, afinal, um mapa de conteúdo é mais ou menos como um roteiro: se você sabe onde quer chegar, por que não ir pelo caminho mais seguro? Caso contrário, você pode se perder e demorar muito mais para chegar ao seu destino... O mapa de conteúdo, por outro lado, garante que todo o esforço será recompensado porque o conteúdo que você criou se adaptará ao que seu público precisa.
Se você já usou o mapa de conteúdo em alguma estratégia de conteúdo recentemente, conte como foi sua experiência na seção de comentários.
Publicado em 5 de março de 2024.
Revisado e validado por Jalusa Lopes, Country Manager da InboundCycle Brasil
Berta Hernández
Responsável pelo DIYinbound com o objetivo de que a cada dia mais empresas possam iniciar seus projetos de marketing. Possui experiência de trabalho desenvolvendo estratégias de marketing na HubSpot e InboundCycle. Além disso, é professora em escolas de negócios e diretora da pós-graduação e mestrado em inbound marketing da IEBSchool.