Nos últimos anos, o e-commerce tornou-se o método de compras preferido dos consumidores atuais. Não apenas pela rapidez em realizar transações, mas também pela comodidade de poder comprar em casa e a qualquer momento, principalmente após a pandemia. Isso facilitou ainda mais o processo de compra para os usuários e incentivou muitas empresas a deixarem para trás o estilo tradicional, expandindo seus negócios para a internet e até mesmo prestando serviços completamente online.
Se você quer saber o que é e-commerce, quais tipos existem e como criar um do zero, continue a leitura.
O que é um e-commerce?
Um e-commerce, ou comércio eletrônico, é uma loja virtual que se dedica à compra e venda de produtos na internet e que utiliza este meio para realizar transações e estar em contato com seus consumidores não apenas pelo site, mas também através de suas redes sociais.
Este modelo de negócio é essencial para todos os tipos de negócios, de qualquer porte, mas principalmente para pequenas empresas que têm dificuldade de se estabelecer pelos meios tradicionais. Esta versão online de negócios facilita o acesso e o crescimento em outros mercados.
Tipos de e-commerce
Agora que você já sabe o que é um e-commerce, veja quais tipos existem e como eles se diferem. Um e-commerce pode ser classificado segundo o consumidor a que se destina ou com base no seu modelo de negócio.
A seguir, veja as diferentes classificações de e-commerce que existem de acordo com o público a que se destinam.
E-commerce B2C (Business to Consumer): definição e exemplos
B2C (Business to Consumer) é um modelo de negócios empresa-consumidor no qual o cliente final é uma pessoa física. Este é o tipo de e-commerce mais comum em que o racional não prevalece, já que o fator mais importante é o emocional. Essas vendas são mais impulsivas e de menor valor, pois o consumidor valoriza mais o que o produto traz para sua vida do que as características mais objetivas. A comunicação para esse tipo de negócio se baseia no emocional, na criatividade e no subjetivo.
Neste caso, os exemplos são infinitos, mas alguns são e-commerces de parafarmácias, lojas de moda, marketplaces como a Amazon, empresas como Netflix, HBO ou Disney+, que oferecem serviço direto aos clientes. Portanto , refere-se a qualquer empresa que tenha um negócio online e que ofereça serviços/produtos ao consumidor final, ou seja, pessoas e não empresas.
Fuente: Adidas
E-commerce B2B (Business to Business): definição e exemplos
O modelo B2B (Business to Business) tem foco no relacionamento empresa-empresa. O público-alvo são outras empresas e, portanto, ao invés de atingir o consumidor final, o objetivo é oferecer produtos e/ou serviços que outras companhias necessitam para desempenhar suas funções. Estas vendas são racionais e o que realmente importa são as características objetivas de um produto, pois é nisso que se interessam as empresas alvo deste tipo de negócio.
Alguns exemplos desse tipo de comércio eletrônico são, por exemplo, empresas que vendem matérias-primas ou produtos necessários à empresa final, como materiais de escritório. Desta forma, as transações têm maior valor do que no modelo B2C, pois são pedidos maiores que influenciam no desenvolvimento dos processos da empresa compradora.
E-commerce C2C (Consumer to Consumer): definição e exemplos
O e-commerce C2C (Consumer to Consumer) é muito recente e teve seu boom nos últimos anos devido à necessidade de compra e venda entre pessoas particulares. Os consumidores são aqueles que, além de comprar, também vendem diretamente seus produtos de segunda mão em plataformas que chegam a consumidores com necessidades semelhantes.
Dois exemplos conhecidos e atualmente muito populares são Mercado Livre e OLX, plataformas que permitem a compra e venda entre consumidores. É um modelo mais informal, pois o vendedor coloca seus produtos à venda em plataformas especializadas e espera que o consumidor interessado faça uma negociação para, então, realizar a transação.
Fuente: Mercado Livre
E-commerce C2B (Consumer to Business): definição e exemplos
O modelo de negócios C2B (Consumer to Business) é menos conhecido e popular que os três anteriores, mas também é interessante conhecer. Ele é definido pela relação consumidor-empresa, na qual é o consumidor quem define as condições da transação e vai diretamente às empresas que necessitam de seus produtos/serviços. Neste caso, o cliente propõe e colabora em um produto ou serviço específico.
Este tipo de e-commerce é típico de setores como turismo e lazer. Um exemplo interessante é o conceito “Name your Price”, criado por Jay Walker que é fundador da Priceline, empresa que o patenteou. O cliente online faz uma proposta de preço de passagem aérea, com uma rota específica, ou de uma noite de hotel, em uma determinada cidade, e espera que as companhias aéreas e hoteleiras aceitem ou rejeitem sua proposta.
Vantagens e desvantagens do e-commerce
Para ter uma opinião sobre o e-commerce e saber se este é o melhor caminho a seguir, conheça agora suas vantagens e desvantagens.
As principais vantagens de um e-commerce são:
- Oferecem maior alcance para o seu negócio. Uma loja online permite que você esteja automaticamente acessível a qualquer pessoa do mundo, de modo que seu alcance seja ilimitado, ao contrário das lojas físicas.
- Disponibilidade 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os e-commerces estão sempre disponíveis e funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana.
- Custos baixos. Montar uma loja online tem um custo inicial muito baixo e, portanto, você pode fazer isso de forma rápida, em poucos dias.
- Flexibilidade. Em um e-commerce, as alterações podem ser feitas quase que instantaneamente. Isto proporciona muita flexibilidade e capacidade de adaptação às necessidades dos clientes e às exigências do setor, que estão em constante mudança.
- Não é possível ver, tocar ou experimentar os produtos. Quando você compra algo, as qualidades sensoriais são essenciais para tomar a decisão final. Em um ambiente virtual, como um e-commerce, é difícil resolver esse problema.
- Problemas de confiança. Embora os sistemas de pagamento sejam naturais no ambiente digital e a criptografia SSL ofereça um selo de segurança, existem usuários que ainda não confiam nos pagamentos online.
- Maior competição. Abrir um e-commerce é muito simples, por isso existem muitas marcas que se expandem para a internet ou nascem de forma digital. Por isso existe certa concorrência, o que exige maior investimento de tempo e de recursos para se destacar.
Estas são algumas das vantagens e desvantagens do e-commerce mais importantes a ter em conta se estiver considerando criar sua loja online.
Diferenças entre e-commerce e eBusiness
Conhecer a diferença entre esses dois conceitos é fundamental, pois embora às vezes possam parecer sinônimos, não o são.
Um e-commerce é definido como um meio de compra e venda online, uma loja virtual na qual se realizam transações comerciais com troca monetária através da internet.
Por outro lado, um eBusiness refere-se ao conjunto global de processos, ações e metodologias que uma empresa realiza digitalmente. Ou seja, as empresas podem digitalizar e adotar a tecnologia e a internet como principal meio para todas as suas atividades, sendo o e-commerce uma pequena parte do eBusiness.
Como criar um e-commerce
Criar um e-commerce pode ser uma tarefa simples se você conhece todos os passos para configurá-lo. Veja abaixo o passo a passo para criar seu e-commerce corretamente:
1. Procure uma ideia com possibilidades
Atualmente, o e-commerce está na ordem do dia e a concorrência é grande. O desafio é encontrar o seu espaço com uma ideia inovadora. Faça um brainstorming e responda perguntas importantes como:
- Que problema essa ideia resolve?
- Que outras maneiras existem para resolver essa necessidade?
- Existe uma demanda real em torno deste problema?
- Que desafios e dificuldades podem surgir?
2. Analise a situação
Você já sabe o que quer oferecer, então agora é fundamental realizar uma análise externa e interna, bem como uma análise SWOT da sua ideia para conhecer os fatores demográficos, econômicos, tecnológicos e socioculturais. Isto permitirá que você saiba quem deseja atingir e quem será sua concorrência, os preços e as limitações, bem como todas as informações necessárias para tomar uma decisão.
3. Planeje
Estabelecer uma boa estratégia de negócios antes de começar é essencial para que seu negócio online funcione. Aqui você deve definir a proposta de valor da sua loja online, sua buyer persona, como gerenciar a logística, em qual canal você estará presente para se promover e os custos operacionais, bem como as fontes de receita. Desta forma, você pode implementar um plano de ação.
4. Seja paciente
Estabelecer-se leva tempo, por isso tenha paciência e dê tempo ao seu negócio para que as ações comecem a dar frutos.
5. Meça, analise e teste
Experimente diferentes estratégias e formatos para descobrir o que funciona e o que não funciona. Esses resultados dirão o que está bem e o que precisa melhorar.
Esses passos o ajudarão a definir uma boa ideia de negócio, a entender se ela realmente funciona e a conseguir implementá-la corretamente para que seu e-commerce decole.
Exemplos de e-commerce populares
Para entender melhor quais aspectos são importantes para que um e-commerce funcione, é importante conhecer alguns dos exemplos atuais de maior sucesso.
1. Amazon
A Amazon é um claro exemplo de sucesso, pois é um dos e-commerces mais importantes e reconhecidos mundialmente. Possui um design muito navegável para o usuário devido à simplicidade de sua interface, fácil de usar e muito bem estruturado, o que permite ao usuário encontrar o que precisa de forma rápida e fácil.
Este e-commerce acelera e melhora a experiência do usuário (UX) graças ao seu motor de busca e aos diferentes filtros que podem ser aplicados para mostrar os produtos mais relevantes e populares.
Fonte: Amazon
2. Airbnb
Airbnb é o marketplace de hospedagem mais popular atualmente. O Airbnb atua como intermediário entre o anfitrião (quem deseja alugar uma casa) e o hóspede (quem pretende alugar um alojamento).
O negócio é lucrativo e funciona bem porque conseguiu criar uma ótima interação entre proprietário e inquilino com sua integração entre chat e fórum, na qual ambas as partes podem se conectar. Além disso, sua UX é incomparável, pois apresenta os locais para onde o hóspede já viajou e permite planejar a viagem com outras pessoas, além de ter fotos de alta qualidade e geolocalização dinâmica que permite excelente navegabilidade.
Outro destaque é a capacidade do site de se adaptar ao mercado onde atua, permitindo também a reserva de quartos em três passos e facilitando, assim, a pesquisa e contratação de serviços pelos usuários.
Fonte: Airbnb
3. Shopify
Shopify não é apenas o melhor criador de lojas online, mas é também uma solução rápida, simples e confortável para que qualquer pessoa possa criar uma loja virtual sem conhecimentos prévios ou especializados.
Neste e-commerce, além de incluir o domínio e a hospedagem no plano contratado, você pode vender produtos ilimitados, mesmo na versão mais básica e barata. Além disso, o site oferece infinitas facilidades de pagamento em mais de 70 moedas diferentes, o que permite atingir um público internacional graças a esta opção.
Fonte: Shopify
Com diversas ferramentas e treinamentos que auxiliam, durante todo o processo, a administrar seu negócio de forma bem-sucedida, o Shopify tem um sistema tributário que pode ser gerenciado automaticamente, independente do país em que sua loja virtual esteja localizada. Além disso, o atendimento ao cliente é excelente e inclui canais diferentes que permitem interagir diretamente com o cliente.
Agora você já conhece as informações mais importantes sobre um e-commerce, como ele funciona, quais os diferentes tipos existentes e o passo a passo para criar sua própria loja virtual de forma rápida e fácil. Além disso, você conheceu três exemplos relevantes de e-commerce, mas existem muitos outros.
Quais você considera mais importantes? Deixe nos comentários os e-commerces que você usa como exemplo ou que considera interessantes.
Publicado em 30 de julho de 2024.
Revisado e validado por Jalusa Lopes, Country Manager da InboundCycle Brasil.
Ana Claudia Ferreira
Marketing Executive da InboundCycle, tem como foco principal a gestão de conteúdo da agência. É formada em Publicidade e Propaganda pelo IBMEC - RJ, e mestre em Marketing pela Universidade Pompeu Fabra - Barcelona. Seu histórico profissional inclui estágios em agência de comunicação e experiência de um ano e meio em multinacional. Começou como Executiva de Contas na InboundCycle e agora está na equipe há mais de um ano fortalecendo a presença online da agência através da gestão de conteúdo.